Doença gerada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, o Mofo Branco acomete, além da soja, outras culturas tais como o feijão, o girassol e o algodão.
O final de 2022 e o início de 2023 foi um período extremamente chuvoso. Volumes de chuva muito acima da média histórica no sudeste do Brasil.
Diante disso, a pressão de doenças nas culturas agrícolas foi extremamente alta em função da condição ambiental propícia a elas. Dentre elas, mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) teve uma alta significativa, especialmente na cultura da soja.
O fungo é capaz de infectar qualquer parte das plantas como folhas, hastes e vagens. Em geral, a infecção inicia-se nas inflorescências, nas axilas dos pecíolos e nos ramos laterais. Esse patógeno pode sobreviver no solo por longos períodos por meio dos escleródios, uma estrutura eficiente em causar novas infecções.
O que fazer para evitar o mofo branco?
Diversas estratégias podem ser adotadas para enfrentamento dessa enfermidade. A principal delas é o manejo da palhada na safrinha (2° safra), com inundação de microrganismos benéficos para redução da viabilidade dos escleródios.
Este manejo consiste em associar os microrganismos a pulverizações nas lavouras de safrinha nas fases de dessecação pré-plantio (quando houver) e a primeira aplicação no estágio vegetativo, "na carona" com herbicidas, nutricionais, inseticidas, etc. Dessa maneira, quando se iniciar a safra verão de soja ao final de 2023, a pressão da doença pode ser menor. E na própria safra de soja, recomenda-se a integração entre o manejo biológico e manejo químico da doença (dessecação pré-plantio, TS e pulverização em V3-V4). Além disso, bom controle de plantas daninhas deve ser realizado, pois elas também podem ser hospedeiras da doença.
Portanto, para sucesso da lavoura de soja, deve-se começar a atuar na safrinha com práticas que proporcionem uma palhada sadia para o plantio da soja, com a menor pressão possível de escleródios (estruturas de resistência do mofo branco).
Recomendação - Minas Gerais
A recomendação deste produto consiste em aplicar 1,0 Kg/ha durante o ciclo da cultura. Sendo possível aplicá-lo apenas na dessecação (1,0kg/ha) ou parcelado [Dessecação (0,5 kg/ha) e pulverização (0,5kg/ha)] ou [Semeadura (0,3kg/ha) e Pulverização (0,7kg/ha)].
Recomendação - São Paulo
Realizar o manejo que mais se adapte ao perfil e característica do produtor, sendo necessário apenas uma aplicação das que foram citadas acima.
Caso o segundo cultivo seja de feijão, utilizar as 2 aplicações para a prevenção da doença.
TODAS AS DEMAIS PRÁTICAS AGRONÔMICAS RECOMENDADAS PARA OS CULTIVOS DEVEM SER OBSERVADAS, PARA SE BUSCAR O POTENCIAL PRODUTIVO DAS CULTURAS. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO.
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